sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

CLÁSSICOS DA VIDA




Era uma vez, num lugar muito, muito perto daqui...

Uma cidade.
Vários castelos.
Muitos reis e rainhas.
Muitos príncipes e princesas e...
Muitos súditos!

E assim começam quase todas as histórias que contamos às nossas crianças. E assim começa esta história que conto pra quem gosta de ler.
...era uma vez um castelo bonito, muito bonito e que causava uma certa inveja nos castelos vizinhos. A beleza dos castelos desta cidade, era medida por vários itens, como número de súditos, inteligência dos mesmos, limpeza dos aposentos, recursos tecnológicos, entre outros.
O rei, um homem dedicado e agradável, estava sempre vistoriando tudo, e facilitava a convivência entre seus moradores com reuniões e  conselhos semanais.
Neste castelo havia muitas princesas e uma delas se destacava porque, penso eu, achava que era rainha!
As princesas tinham por obrigação, passar aos súditos  muitas informações garantindo que o conhecimento científico e filosófico, fosse oferecido com qualidade, a fim de que pudessem ser transformados em fazeres e saberes para a emancipação intelectual dos mesmos, estimulando o domínio de diversos conteúdos que deveriam ser utilizados em seu cotidiano...
As ordens do rei eram sempre claras e objetivas,
-“estamos no século XXI, é de bom tom que ao ensinar os súditos, príncipes e princesas devem ler biografias atuais mas não desprezem a colaboração de educadores que historicamente fizeram a diferença na evolução da aprendizagem. Ah, não se esqueçam do Estatuto da Criança e do Adolescente, que foi implantado para proteger os pequenos súditos da perversidade de alguns adultos.”
A princesa, que se achava rainha, deixava bem claro que as coisas eram do jeito que ela queria. Pelo seu ar autoritário, ela passava a impressão de ser muito importante e competente.
Tratava os súditos com superioridade, ensinando e castigando  mas, camuflando sua maldade. Um dos súditos, menino carismático e normal começou todas as tardes a fazer xixi na calça e ela dizia:
_”Nossa! Será que ele está com algum problema em casa! Deve estar acontecendo alguma coisa errada nesta família.”
No  início do ano (acho que no mês de abril)  ela já fechou o seu diagnóstico e informou a mãe do súdito que ele não iria passar  de ano. A mãe, que não era boba nem nada, começou a questioná-la e também a pedir ajuda para que seu filho amado conseguisse aprender aquele monte de conteúdo necessário na vida dos que querem ser reis ou príncipes. Mas a malvada sempre dava um jeitinho de inverter a situação e culpar o pobre menino que estava aos seus olhos, fadado ao fracasso.
E, conversa daqui, conversa dali, em meio a ajudas externas da família e de anjos e fadas, o pequeno súdito foi aos poucos melhorando o seu desempenho.
Mais uma reunião foi marcada no castelo para que os pais dos súditos soubessem da evolução de seus filhos.
Ao terminar a reunião, a mãe do pequeno súdito, gentilmente conversou com a princesa sobre seu filho e grosseiramente foi desprezada, e mesmo a mãe tendo mostrado àquela princesa que seu filho evoluiu, que melhorou as notas, a princesa foi enfática:
- seu filho vai  repetir de ano! (era o mês de agosto)
A mãe, a família, o rei, os anjos, as fadas, já tinham feito tudo o que podiam para reverter a situação e ter um bom relacionamento naquele castelo cobiçado por muitos, mas a avó do súdito, que desculpem-me, já estava me esquecendo de dizer, era também uma princesa!  Uma princesa  que vivia há mais de 20 anos num castelo mais simples, mais singelo, mais humano. E como princesa ela priorizava o respeito às famílias, a responsabilidade  do seu cargo e acima de tudo o amor aos seus súditos.  A avó, princesa que já estava em fim de carreira, ficou indignada com  tamanha petulância e maldade daquela que se achava rainha. Tomou a sábia decisão de transferir o súdito para outro castelo. Lá ele encontrou uma princesa de verdade! Ela era dedicada, gentil e amava sua profissão,  recebeu com carinho o novo súdito que conseguiu se livrar das maldades da antiga princesa e continuar trilhando seu caminho em busca de um reinado ou um principado.
Quando a avó princesa foi conversar com o rei do castelo bonito, ela deixou bem claro que os súditos devem ser respeitados por todos do castelo e quando eles estão num castelo, sobre a responsabilidade de reis e princesas, eles devem ser protegidos e quando não o fazem, a família faz por eles.
A avó ficou angustiada ansiando por justiça, queria poder proteger outros súditos das mãos daquela princesa malvada, mas depois ela lembrou que nesta cidade, nesses castelos, ainda predomina a impunidade e resolveu levantar a cabeça e continuar sendo o que ela sempre foi, uma princesa do bem. Ela continuou ensinando que na vida vamos nos deparar com princesas malvadas e que apesar disso devemos seguir adiante acreditando que perseverar no bem, vale a pena!.


P.S : qualquer semelhança de fatos e personagens, é mera coincidência.

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